A advogada Juliana Liduário, diante do grave caso do lixo hospitalar que está abandonado em um galpão, no Distrito Industrial, no Bairro do Icaraí, em Divinópolis, desde 2013, e que entre o lixo podem ser encontrados até partes do ser humano, que foram recolhidas em hospitais da cidade e da região, em consequência de amputações realizadas, desabafou para o Divinews, afirmando: “a sensação que eu tenho hoje é de indignação, pela morosidade do poder Judiciário, principalmente na resposta de uma questão que envolve saúde pública. Penso que não é razoável, de acordo com os ditames legais, que dizem que o processo deve ter uma nominação razoável, e tramitar desde 2013, estando este lixo armazenado indevidamente, e nenhuma solução efetiva foi tomada até o presente momento, não é razoável”
Juliana segue, afirmando que além de uma indignação muito grande, também se sente de mãos e pés atados. “Nós precisamos fazer alguma coisa, precisamos nos mobilizar. A questão não é somente de política pública, a questão é de uma resposta efetiva para a população, que corre o risco de uma supercontaminação, de uma superbactéria”
E segue: “o imóvel está interditado, eu não posso mexer. Á água da chuva vem devido à problemas no telhado, e leva toda aquela contaminação para as redundâncias. Os vândalos que invadem se contaminam e levam uma superbactéria para fora. Então eu acho que transcende a esfera privada das pessoas ali, daquele imóvel naquela redondeza. A questão é de saúde pública, tanto que foi ajuizada uma ação civil pública visando a retirada do lixo. Eu me sinto indignada com tanta morosidade e indignada também pelo caminhar do processo. Sinalizando o poder Judiciário referendar uma omissão do município de Divinópolis.
A indignação fica ainda maior porque dentro do processo, dentro da Ação Civil Pública existem números de que Divinópolis gastou em 2013 e 2014, salvo em melhor juízo, cifras absurdas com propaganda, quando na verdade tem que se cuidar da saúde pública da cidade. Isso é um descaso com a população”