Conforme matéria do “O TEMPO”, o Diretório Acadêmico Alfredo Balena (DAAB) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) reconhece que fraudes no sistema de cotas, “infelizmente, têm ocorrido, e necessitam ser averiguadas” pela instituição. O diretório se manifestou por meio de nota acrescentando que “apoia a política de cotas raciais para acesso ao ensino superior, agindo como forma de reparo à marginalização socioeconômica histórica da população negra”.
Fraudes no sistema de cotas da UFMG estariam permitindo que estudantes brancos consigam ingressar no curso de medicina de maneira irregular. A suspeita foi publicada neste domingo (24) em reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” que mostrou três casos de alunos brancos que se autodeclararam negros para entrar nas vagas reservadas aos cotistas, deixando de fora quem realmente teria direito ao benefício.
O repórter Jairo Marques, que assina a matéria da “Folha”, cita os estudantes Bárbara Facchini, de 19 anos, e Rhuanna Laurent, de 20, além de Vinicius Loures, de 23, esse loiro e de pele e olhos claros. A reportagem de O TEMPO apurou que Loures estaria muito arrependido diante da repercussão, pretende cancelar sua matrícula e prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) novamente. Bárbara e Rhuanna não foram encontradas para comentar o caso e bloquearam suas contas nas redes sociais.
Para o DAAB, a UFMG precisa encontrar formas de coibir tais ações fraudulentas, “de modo que a finalidade da política de ações afirmativas se instaure de maneira efetiva”, dizia o texto, concluindo que, somente assim, “tanto a Faculdade de Medicina quanto a Universidade como um todo poderão deixar de ser ambientes tão elitizados e de reprodução constante de opressões. Desse modo, tais espaços estarão aptos a se tornar mais democráticos, pintando-se, assim, com a verdadeira face do povo brasileiro”, finaliza a nota.
Apuração
A universidade também não retornou aos contatos da reportagem, mas informou à “Folha” que está ciente de possíveis desvios em seu programa de cotas, investiga denúncias e vai aperfeiçoar o sistema na instituição. A Federal também falou que ao concluir as investigações, se constatada a fraude, os estudantes terão as matrículas canceladas.
Movimentos negros cobram mais rigor da universidade. No caso do curso de medicina, são reservadas 50% das vagas para alunos negros, pardos ou índios, provenientes de escolas públicas e de baixa renda.
O pró-reitor adjunto de Assuntos Estudantis da UFMG, Rodrigo Ednilson de Jesus, em entrevista à “Folha” disse que são diversas as informações sobre percepções de fraude, mas que eles só podem agir diante de denúncias formalizadas na ouvidoria, e pede que os alunos façam esse “controle social” para aprimorar a política de cotas.
Negro por que?
Além da autodeclaração, a UFMG passará a exigir dos candidatos uma carta formal em que ele relate sua relação social com a raça. A informação é do pró-reitor Rodrigo de Jesus à “Folha de S.Paulo”. Especialistas dizem que as fraudes nas cotas podem ser crime de falsidade ideológica. Outras denúncias dão conta, inclusive, de que candidatos estariam comprando diploma de escola pública para se beneficiar do programa.
Escola para todo mundo
Até 2007, o percentual de alunos de baixa renda e vindos da rede pública não passava de 31% na UFMG. Mas nos últimos anos, uma série de políticas inclusivas está mudando esse cenário. Hoje, 55% dos alunos que ingressam na instituição são provenientes de escolas públicas e 53% têm renda familiar mensal de até cinco salários mínimos.
Vaga na Pós-graduação
A partir do primeiro semestre de 2018, negros, indígenas e pessoas com deficiência terão vagas reservadas não só na graduação, mas também nos cursos de mestrado, mestrado profissional e doutorado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A medida foi divulgada pela instituição em abril deste ano
Se tivessem feito provas que como a maioria dos alunos fazem, seria comprovado se eles realmente são capazes de entrarem na universidade pelo conhecimento adquirido por esforço e dedicação próprio, e não por cotas, como exemplo de ser totalmente capaz, temos o ex-ministro da justiça Joaquim Barbosa. Cotas só beneficiam alguns e promovem o comunismo e socialismo implantando assim a ideologia dos professores e políticos esquerdistas nas mentes desses alunos, em prol do domínio eterno do poder no Brasil.
Esse sistema que favorece a fraude vai se ampliando cada vez mais…