Conforme divulgou a Coluna Radar, da Revista Veja, e o Divinews reproduziu nesta última quinta-feira (21), ocasião em que fez contato com a Policia Federal e obteve a negativa de que não até aquele momento não existia nada a respeito. Hoje, sexta (22), segundo o Delegado Daniel Souza da PF, atendendo um mandado de busca e apreensão expedido pelo Juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, o mesmo que condenou o ex-Governador do Rio, Sérgio Cabral, a 45 anos de prisão, apreendeu os seis veículos que foram encontrados na garagem do Hotel Imperador, no Bairro Porto Velho, que apenas guardavam os carros como mensalistas de vagas no estacionamento do hotel – Conforme o delegado, os veículos chegaram no dia 18, última segunda-feira, e foi a própria Dayse Neves quem negociou com o hotel o estacionamento e estava no local no momento da apreensão dos carros nesta sexta (22) .
ENTENDA O CASO
Um dos aliados do ex-governador Sérgio Cabral, Rogério Onofre, escondeu os veículos inicialmente em Jurerê Internacional, que é um bairro nobre localizado na região norte da Ilha de Florianópolis, em Santa Catarina.
Quando a Policia Federal apertou o certo na Operação, os policiais ao chegarem no condomínio onde Rogério Onofre tem uma casa, eles foram informados que os veículos foram retirados do local, no dia anterior, e os funcionários deram o serviço, de que os seis veículos de luxo tinham sidos enviados para Divinópolis, a mando de Dayse Déborah Alexandra Neves, mulher do ex-presidente do Detro-RJ.
Segundo o Jornal O Globo, em 7 de julho passado, Dayse foi presa em Curitiba. A prisão preventiva de Dayse foi pedida pela força-tarefa da Lava-Jato no Rio e decretada pelo juiz Marcelo Bretas, sob a acusação de lavagem de dinheiro, tentativa de obstrução da justiça, evasão de divisas e auxílio de organização criminosa. “A investigada teve a ousadia de, apenas três dias após a prisão de seu marido (Rogério Onofre Oliveira) e de decretada a indisponibilidade de seus bens por esta 7ª Vara Federal Criminal, tentar reaver substancioso montante de dólares depositados em fundo no exterior”, apontou o MPF no pedido de prisão – O MPF aponta que Onofre recebeu, entre 2010 e 2016, R$ 44 milhões do esquema de pagamento de propinas feito pelas empresas e pessoas ligadas ao sistema de transportes do governo do Rio. Os recursos pagos ao ex-presidente do Detro eram contabilizados em contas de nomes “Lagoa” e “Mamaluco”. Ele foi preso durante a Operação Ponto Final. O Detro é o órgão do governo estadual responsável por fiscalizar as empresas de ônibus.
Dayse está solta por que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, concedeu habeas corpus colocando, não apenas ela, mas também o marido, Rogério Onofre em liberdade, na Operação Ponto Final que investiga propinas pagas a quadrilha do ex-governador Sérgio Cabral, e seu envolvimento com as empresas de ônibus do Rio.
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