Vereadora acusa administração de Vladimir Azevedo de ato criminoso contra as crianças através da SEMUSA

Publicado por: suporte

A vereadora explicou que, se os exames não forem realizados nas mães, as crianças nascerão com sérios problemas, já condenadas à morte. Heloisa Cerri, espantada e quase em pânico diante da denúncia, disse que a informaçõ que tinha é que não estão sendo feitos vários exames, entre os quais o H.I.V para detectar se a mãe é portadora de AIDS

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Todas as gestantes devem realizar testes para identificação da infecção pelo vírus HIV. É um exame de rotina na avaliação pré-natal. Este exame é particularmente importante pois existem tratamentos que comprovadamente reduzem a chance de transmissão perinatal (durante a gravidez, parto, amamentação).

Sem tratamento adequado, estima-se que 15 a 30% das crianças nascidas de mães soropositivas para o HIV (mães que são portadoras do vírus) adquirem o vírus durante a gestação, parto ou através da amamentação.

Como se faz o diagnóstico?
Mediante exame de sangue (soro ou plasma) são identificados anticorpos contra o vírus HIV – Anti-HIV. Testes positivos são reconfirmados.

A identificação de gestantes positivas para o HIV é fundamental para o acompanhamento pré-natal (durante a gestação) e neonatal (logo após o nascimento).

Como se trata?
Gestantes portadoras do vírus HIV são acompanhadas durante o pré-natal pelo obstetra e infectologista. O tratamento medicamentoso com a medicação AZT diminui o risco de transmissão para o feto.

Recém-nascidos de gestantes positivas para o HIV são tratados após o nascimento.

A mãe deve ser orientada a não amamentar o recém-nascido e a lactação deve ser inibida. Substitutos do leite materno devem ser instituídos.

Outros exames que a vereadora disse ter conhecimento que não estão fazendo são o VDRL, Toxoplasmose e Hepatite B

O exame UDRL detecta a existência da sífilis que é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada por bactéria espiralada (espiroqueta) – o Treponema pallidum. Esta infecção é transmitida ao feto através da placenta, podendo causar abortamentos, óbitos fetais e neonatais, além da placentite sifilítica, cuja imagem macroscópica é a placenta grande e pálida e que, por si só, pode causar distúrbios no crescimento fetal (retardo de crescimento). Existe ainda a sífilis congênita: lesões cutâneas (pênfigos) nas palmas das mãos e plantas dos pés, transmissoras do Treponema; placas nas mucosas do trato respiratório superior; hepatoesplenomegalia; osteocondrite; infartamento de linfonodos; hidropisia fetal. É importante lembrar que o Treponema pode atravessar a placenta desde o início da gestação e não somente após a 16ª semana, como erradamente se costuma acreditar.

Este exame é feito de rotina no pré-natal. É teste não-treponêmico, pois utiliza, como antígeno, não o treponema, mas um lipídio a cardiolipina. Falsos VDRLpositivos podem ocorrer, representando outras condições: outras infecções bacterianas (lembrar que existem outros tipos de Treponema); doenças do tecido conjuntivo (colagenoses), como o Lúpus Eritematoso Sistêmico; lepra; malária; uso de heroína. 2º FTA ABS – utiliza treponemas mortos como antígeno – teste de fluorescência do anticorpo (FTA) treponêmico: o soro do doente liga-se à superfície destes treponemas fixados em lâmina e o anticorpo torna-se visível. Utiliza-se “anti-soro” fluorescente contra globulina humana; os anticorpos inespecíficos são retirados porabsorção (ABS).
Tratamento: penicilina benzatina.

Toxoplasmose
A toxoplasmose integra a rotina sorológica do pré-natal fazendo parte da clássica sigla TORCH (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes) e é uma das poucas infecções que possibilita diagnóstico, prevenção e tratamento antenatal.

É uma doença parasitária causada pelo Toxoplasma gondii, que se apresenta em três formas: oocisto, taquizoíto e bradizoíto. O homem adquire o toxoplasma na forma de oocisto. Os taquizoítas estão presentes na forma aguda da doença e se distribuem por todos os tecidos do corpo, inclusive a placenta, formando cistos que contêm os bradizoítos e que são os responsáveis pela infecção crônica ou latente.

A transmissão transplacentária foi a primeira a ser conhecida, porém a forma mais comum se dá através da ingestão dos oocistos presentes nas fezes de gatos, que contaminam verduras, legumes e a própria terra e a ingestão de cistos presentes em carnes cruas ou malcozidas, principalmente de porco e de carneiro.

Admite-se que em pacientes imunocompetentes a transmissão vertical só ocorre durante a fase aguda da doença materna e varia conforme a idade gestacional no momento da transmissão. Quanto mais cedo ocorrer a infecção materna, menor a chance de transmissão vertical, porém se ela ocorrer, será mais grave o acometimento fetal. O risco de transmissão aumenta conforme a idade gestacional, enquanto que a severidade do acometimento vai diminuindo.

A incidência difere entre as várias regiões. Nos EUA ela varia de 1:1.000 a 1:8.000 nascidos vivos, sendo que na França atinge níveis de 5:1.000, devido ao elevado número de gatos no local. No nosso meio foi encontrada uma incidência de 2:1.000 nascidos vivos.

A anamnese é pouco fidedigna porque os sintomas, quando referidos são semelhantes a um quadro gripal. A linfadenomegalia e a febre são as queixas mais freqüentes. Podem estar acompanhadas de cefaléia, coriza, mialgia e astenia. Cerca de 90% dos casos são assintomáticos, o que torna o diagnóstico basicamente sorológico.

Após o diagnóstico da infecção aguda materna, independentemente da idade gestacional, deve-se iniciar espiramicina (Rovamicina®) 3g/dia, divididos em 3 tomadas diárias, que devem ser mantidas até a pesquisa da infecção fetal. A espiramicina é um macrolídeo cuja função é bloquear o parasita na placenta, impedindo ou retardando a infecção congênita. Porém, se o feto já estiver contaminado, sua ação parece não ser tão adequada.

Se após propedêutica for confirmada a infecção fetal deve-se iniciar o tratamento tríplice com a pirimetamina 25mg de 12/12 horas, a sulfadiazina 1g de 8/8 horas e o ácido folínico 10mg/dia, por 3 semanas alternando com 3 semanas do esquema de espiramicina isoladamente e assim sucessivamente até o termo.

A associação da pirimetamina com a sulfadiazina é tóxica para o feto e para a mãe, apresentando um efeito quelante de folatos importante, podendo levar à aplasia de medula e teratogenicidade se utilizada no primeiro trimestre da gestação, por isso é alternada a cada 3 semanas com a espiramicina e sempre devem ser associadas ao ácido folínico.

O hemograma materno deve ser feito a cada 2 semanas, para monitorizar a anemia. A ultra-sonografia deve ser realizada de 2 em 2 semanas. Não foram descritos efeitos adversos da espiramicina no feto; na mãe podem surgir alterações gastrointestinais, rubores, vertigem e calafrios.

Caso seja afastada a infecção fetal, após propedêutica invasiva, deve-se manter o uso da espiramicina até o termo e controle ultra-sonográfico mensal.

A prevenção é feita orientando as pacientes suscetíveis (IgG e IgM negativas) quanto às formas de contágio. Deve-se evitar ingestão de carnes cruas, alimentos mal lavados e contato com felinos. O rastreamento pré-natal de soroconversão durante o pré-natal pode ser feito através da repetição da sorologia trimestral. A espiramicina é uma prevenção secundária após infecção e não pode deixar de ser feita.
 
HEPATITE “B”
Acompanhamento médico e exames pré-natal tornam a gestação mais segura. “Os exames diagnosticam doenças que podem ser transmitidas de mães para filhos, como a hepatite B  na chamada transmissão vertical. Com isso, as mães podem iniciar seus tratamentos e aumentar as chances dos filhos nascerem saudáveis”.

A gestante deve sempre ficar atenta a possíveis sintomas e informar ao seu médico qualquer tipo de doença familiar. Toda mãe tem o direito a um acompanhamento médico durante a gestação. Esse serviço é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é essencial para a diminuição da mortalidade infantil e materna.

Como a doença não tem cura, o diagnóstico precoce auxilia o tratamento para diminuir os efeitos e desacelerar a evolução da doença que pode levar a morte.

É comum uma pessoa com hepatite B não apresentar nenhum tipo de sintoma aparente e descobrir que é portador do vírus da doença (VHB), quando o funcionamento do fígado já está comprometido. Contudo, a gestante que faz o pré-natal é orientada a realizar vários tipos de exames, inclusive o exame de sangue que pode detectar a presença de algum vírus no organismo.

A hepatite B é uma infecção nas células do fígado e pode ser transmitida verticalmente, durante a gestação ou no momento do parto, quando o bebê entra em contato com o sangue ou fluído orgânico da mãe portadora do vírus; ou horizontalmente, quando a pessoa entra em contato com sangue, saliva ou sêmen contaminado.

* Evolução – “O portador de hepatite B pode evoluir para cirrose e câncer no fígado e as chances de isso acontecer são maiores quando o vírus é contraído durante o parto. Nesses casos, mais de 90% das pessoas que contraíram o VHB verticalmente evoluem para a forma crônica da doença”. “Por isso, é muito importante o acompanhamento contínuo de um médico durante a gestação, possibilitando diagnóstico precoce e a realização de uma série de procedimentos para que a transmissão da mãe para o filho não ocorra” 

Logo após o parto o bebê é limpo, retirando todo o sangue e os fluidos orgânicos da mãe que porventura estejam no corpo da criança, recebe a primeira dose da vacina além da imunoglobulina específica contra a hepatite B nas primeiras 12 horas de vida. O acompanhamento médico durante a infância deve continuar, o recém nascido deve receber mais duas doses da vacina, uma após 30 dias da 1ª dose e outra, após cinco meses depois da 2ª dose. Com isso o organismo da criança criará defesas contra o vírus, mas mesmo assim o médico deverá acompanhar a evolução o seu quadro clínico.

Informações compiladas de vários sites especializados em saúde

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