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O vídeo foi divulgado na terça-feira (17) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), publicado no site de “O Globo”, o doleiro afirma ter ouvido do ex-deputado federal José Janene e do presidente da empresa Bauruense, Airton Daré, que o tucano Aécio Neves dividiria uma diretoria de Furnas com o PP e que uma irmã dele faria uma suposta arrecadação de recursos junto à empresa citada.
A parte do depoimento divulgada contém declarações prestadas no dia 12 de fevereiro deste ano para um grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República, em Curitiba (PR).
As citações sobre o envolvimento de Aécio Neves no caso de Furnas foi arquivada pelo STF à pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Em depoimento, Youssef afirmou ter auxiliado Janene e transportado para ele, algumas vezes, propinas pagas pela empresa Bauruense por contratos em Furnas.
Isso teria ocorrido entre 1996 e 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso.Janene arrecadava entre
US$ 100 mil e US$ 120 mil mensais, com pagamentos em espécie, em dólares ou reais.O doleiro disse então ter ouvido o ex-deputado afirmar a correligionários do PP que
a diretoria de Furnas seria dividida com o PSDB, mais especificamente com Aécio Neves.“Ele conversando com outro colega de partido, então naturalmente saia essa questão que na verdade o PP não tinha a diretoria só, e sim dividia com o PSDB, no caso
a cargo do então deputado Aécio Neves“, declarou Youssef.O doleiro afirmou ter ouvido algumas vezes que caberia a
uma irmã de Aécio fazer a arrecadação de recursos na Bauruense. Em relação ao empresário, o argumento era usado para justificar o motivo de não poder repassar mais recursos a Janene. “Ele (Daré) estava discutindo valores com o seu José (Janene) e dizia: não posso pagar mais porque tem a parte do PSDB. Aí você acaba escutando”, afirmou o doleiro.