O levantamento foi feito pela própria SECOM, depois de uma pendenga judicial que a Folha moveu contra a Secretária de Comunicação da Presidência da República exigindo que a caixa preta fosse aberta. A mesma caixa que é totalmente lacrada em Minas Gerais e também no município de Divinópolis.
Como a própria Folha noticiou, que o argumento que a SECOM estava dando para a justiça, ao não revelar os nomes, com os respectivos valores pagos de publicidade, é que abrir tais informações gera um mal estar generalizado. Como vai ocorrer neste caso, em que a soma dos investimentos do governo na TV Record, SBT e Bandeirantes é menor que o valor da Globo. E a a própria Folha concluir que ela recebe relés R$ 206 milhões, enquanto a Abril, que só tem as Veja recebe o dobro dela, e o Estadão sabendo que recebe R$ 20 milhões a menos que a Folha. O mercado vai degringolar todo. As empresas estatais controladas pelo governo federal aumentaram em 65% seus gastos com publicidade de 2000 a 2013, já descontada a inflação, alcançando no ano passado um desembolso recorde de R$ 1,48 bilhão. As despesas total das estatais com publicidade atingiu R$ 15,7 bilhões nesses 14 anos. A Petrobras, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil responderam por 86% do investimento total. Os valores foram corrigidos pelo IGP-M, índice de preços da Fundação Getúlio Vargas, Eles não incluem gastos das estatais com patrocínio cultural e esportivo. O dinheiro foi destinado à promoção dessas empresas em TVs, rádios, jornais, revistas e internet. As estatais representam uma fatia significativa do gasto total do governo federal com publicidade. Como a Folha revelou em abril, o governo federal gastou R$ 2,3 bilhões com propaganda no ano passado, um recorde. As estatais foram responsáveis por 64%. Os R$ 800 milhões restantes foram gastos pela Presidência da República e pelos ministérios. Esta é a primeira vez que o governo divulga informações detalhadas sobre gastos das estatais. Os dados só foram liberado por causa de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça, que deu ganho de causa a uma ação movida pela Folha e pelo jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, empresa do Grupo Folha Para manter sob sigilo esses gastos, a SECOM (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) alegava que sua divulgação prejudicaria as empresas estatais na negociação com os veículos de comunicação dos valores pagos pelos anúncios. Os gastos das estatais com publicidade cresceram quase todos os anos. Houve redução dos gastos em 2002, último ano do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 2003, primeiro ano do governo Lula (PT) e 2007, quando teve início seu segundo mandato. No governo da presidente Dilma Rousseff houve uma pequena retração em 2011, primeiro ano de seu mandato e um salto a partir de 2012. Os dados mostram ainda que houve uma pulverização dos veículos que recebem propaganda das estatais, seguindo orientação dos governo do PT de buscar maior penetração em internet e mídia regional. Eles Saltaram de 4.398 em 2000 para 10.817. O governo diz que seu objetivo é levar a mensagem oficial ao maior número de brasileiros e que a audiência dos veículos é o critério principal para distribuição das verbas. GRUPOS No topo da lista aparece a RádioGlobo de São Paulo, que recebeu R$ 4,2 bilhões nesses 14 anos. De acordo com a SECOM, a maior parte desse dinheiro foi usado para pagar anúncios veiculados pela Rede Globo de Televisão. Em seguida vem a TV Record, com 1,3 bilhão, o SBT, com 1,2 bilhão e a Bandeirantes com R$ 1 bilhão. O primeiro grupo da lista de empresas que não tem TV como seu principal negócio é a Abril que recebeu R$ 398 milhões das estatais, seguidas pela Editora Globo com R$ 248 milhões. A empresa Folha da Manhã, que edita a Folha e o Jornal “Agora São Paulo” aparece em 11º lugar na lista, com R$ 206 milhões, Em seguida vem o Jornal Estado de São Paulo com R$ 188 milhões. O UOL que pertence ao Grupo Folha, aparecem em primeiro lugar na lista dos portais, com R$ 45 milhões em publicidade. *em 14 anos, desde o ano 2000 – De Fernando Henrique Cardoso, passando por dois mandatos de Lula e um de Dilma.
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