Marco Aurelio diz ainda que mesmo diante da pesada interferência de um deputado, através do ex-procurador da república e advogado do senador Aécio Neves, que ele identifica como Dr. João Batista de Oliveira Filho, diante da gravidade dos fatos manteve-se as investigações sobre as irregularidades ocorridas na contratação e execução das obras do PAC Saneamento ocorridas no município de Divinópolis, na época administrado pelo PSDB.
O jornalista continua a matéria dizendo que, as denúncias tiveram origem no pronunciamento do cidadão Marcelo Máximo de Morais no plenário da Câmara de Divinópolis, reforçadas por membros da Frente Popular Compromisso com Divinópolis. Marcelo Máximo de Morais, conhecido como Marcelo Marreco, que da tribuna da Câmara de Vereadores de Divinópolis relatou o suposto desvio de R$ 49 milhões em licitações em Divinópolis, envolvendo o PAC Saneamento – Marcelo acusou não apenas o atual prefeito de Divinópolis do PSDB, Vladimir de Faria Azevedo, como o ex-prefeito Demetrius Arantes Pereira, principalmente após o seu gerente do PAC, Lúcio Espínola, manter-se no governo do tucano Vladimir Azevedo, permanecendo ainda no segundo mandado, apesar de todas as irregularidades denunciadas.
Marcelo Marreco, em outubro de 2012, na tribuna, não mediu palavras acusatórias, e além de Lúcio Espínola acusou o agora secretário de saúde de Divinópolis, Dárcio Abud Lemos, também um remanescente da administração do ex-prefeito Demetrius Arantes, assim como Kelsen Rios, o ex-procurador do governo Vladimir Azevedo que também esteve à frente do governo do ex-prefeito Demetrius Arantes. Os três passaram de um governo para o outro.
Marcelo citou outros nomes de possíveis envolvidos com as prováveis falcatruas dos asfaltamentos de ruas, como: Gilbert Alves Bernardo, Cleber Aguiar Evangelista, Flávio Henrique Assunção, Edson Cardoso, João Antônio Bicalho, Cláudia Santana, Angela Amaral e Eliane Sampaio. E os sócios administradores das empresas, Trisan Engenharia, Lince Engenheiros, Consórcio Conserva Libe, Sabre Engenharia, Pavisolos e Sondagem, River Land Projetos, Engeponta, Emurb, Construtora Jalk e Selt Engenharia.
Os deputados querem uma explicação para o repasse dos serviços de abastecimento de água e da operação do sistema de esgotamento sanitário de Divinópolis (Centro-Oeste de Minas) para uma empresa particular, sendo este o tema de audiência pública que foi realizada pela Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O abastecimento que vinha sendo feito pela Copasa, mas será repassado a outra empresa. Para esclarecer a questão, o deputado Rogério Correia (PT) fez o requerimento da reunião. “O serviço de água e esgoto é obrigação do Estado, portanto, qualquer parceria público-privada deve ser analisada com muito cuidado. Em especial quando a população foi sequer solicitada a debater, opinar e decidir”, pondera o parlamentar.
Foram convidados para a audiência o procurador-geral de Justiça, Carlos André Mariani Bittencourt; o presidente da Copasa, Ricardo Augusto Simões Campos; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos (Sindágua-MG), José Maria dos Santos; o vice-presidente da Frente Popular Compromisso com Divinópolis, José Nilton Teodoro; os membros do Movimento Divinópolis contra a Corrupção e da Frente Popular Compromisso com Divinópolis, Maria Regina Rodrigues, Flávio Lima de Oliveira e Antônio Dias Barbosa; e o professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Leonardo Luiz Santos.
Fonte: Novo Jornal ( www.novojornal.com )
