DENÚNCIA: professor do CEFET diz que limpeza iniciada na Lagoa do Sidil foi para inglês ver e a imprensa noticiar, somente isto

Publicado por: suporte

Divinópolis é uma belíssima cidade, entretanto seus sucessivos mandatários se descuidaram em dotá-la de áreas verdes, parques e jardins arborizados que pudessem torná-la ainda mais encantadora e aprazível ao seu povo trabalhador, hospitaleiro, religioso e festeiro. A cidade desenvolveu-se muito rapidamente, com centenas de aranha céus e igual numero de bairros.

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Entretanto não possui áreas de parques e bosques públicos compatível com sua envergadura. Se tomarmos a capital mineira de idade próxima a Divinópolis e população doze vezes maior observa-se que Belo Horizonte possui atualmente 63 parques públicos de dimensões significativas, como o parque das Mangabeiras, Lagoa do Nado, Municipal, Ecológico da Pampulha, Horto Florestal, Renato Azeredo e algumas dezenas mais.

Divinópolis na contra Mao dessa tendência sustentável e moderna, conta apenas com o Parque da Ilha, já que o Gafanhoto pertence a União. Isto posto, urge que a cidade presenteei sua gente com outros parques e áreas verdes. Creio que foi nesse sentido que em 2007, o ex Prefeito Demetrius criou o Parque Lagoa do Sidil, com o decreto de sua desapropriação para futura instalação. Creio também que dentro dessa mesma lógica o Prefeito Vladmir propôs em seu Plano de Primeiro Governo a Consolidação do Parque lagoa do Sidil e ainda Lagoa dos Mandarins.

Entretanto, até o Centenário da cidade nenhum novo parque fora efetivamente implantado. Mas o mais grave é que, além disso, nossas poucas nascentes, minas e lagoas estão ameaçadas com a poluição crescente e a especulação imobiliária que avança em suas direções.

É o caso da Lagoa do Sidil, que após anos de beleza e esplendor do seu lençol d’água, e habitat para milhares de peixes dourados e centenas de aves e pássaros, encontra-se agonizante e coberta de aguapés.

Também os esgotos das novas edificações em seu entorno contaminam suas águas até então cristalinas. Mas o ataque ao resistente lago não para por aí. Edificações cada vez mais próximas de suas margens ameaçam sufocá-la de vez, visto que loteamentos a menos de vinte metros de suas margens estão recebendo autorizações para construção de casas e prédios.

Triste Lagoa do Sidil, que servira de bebedouro para gado e outros animais de porte; habitat de patos, marrecos, mergulhões e centenas de peixes. Que resistira a poluição e altas temperaturas das chaminés das siderúrgicas que utilizava de suas águas calmas e límpidas. Nem o calor da renovação de águas dos altos fornos, nem mesmo a avalanche de aguapés em seu espelho d’água, ou mesmo lixos que lhe são lançados juntamente com os esgotos conseguiram decretar a morte da lagoa.

Temo que a especulação desenfreada, somadas às ausências de fiscalização, turbinada pela explosão do metro quadrado das margens da Lagoa do Sidil, representam a maior ameaça a sua existência centenária. Pobre Lagoa o seu encanto…….

Prof. Josias Gomes Ribeiro Filho
CEFET-MG – Campus V Divinópolis
 


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Começam os trabalhos de limpeza na lagoa do Sidil em Divinópolis, MG

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