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Significado de Tutu
s.m. Folcl. Monstro imaginário com que se amedrontam crianças; bicho-papão que assombra crianças desobedientes.
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Ainda não é possível e vai demorar ainda bastante, decifrar todas as jogadas do campeonato de xadrez político. As raposas felpudas da política estão tentando prever como Vladimir e seus mentores movimentarão as peças no tabuleiro. O jogo por enquanto está restrito aos peões. As torres, bispos, cavalos, a rainha e principalmente o rei, estão todos lá trás quietinhos e protegidos, esperando que o adversário faça qualquer movimento para aí sim as pedras graúdas começarem a se movimentar.
Todos estão ensaiando os instantes finais para um xeque, não se sabe se vai ser xeque-mate, mas o fato é que a intenção e encurralar o Rei (Vladimir) para um desfecho que só acontecerá no próximo ano, mas que vai tirar noites e noites do sono, não só do Rei, mas de todos seus vassalos (Rainha, bispos, cavalos e torres)
Saindo da analogia do tabuleiro, para ajudar um pouco os enxadristas, aqueles que gostam de elucubrações, vamos para alguns enigmas que precisam ser decifrados, para isto é preciso recorrer ao passado, entender o presente para tentar projetar o futuro.
Sabendo que, a proposta deste artigo é fazer o leitor do Divinews pensar junto e, claro, contribuir postando comentários. O que você acha? é isto mesmo ou não é nada disto, opine.
Porque Fabiano Tolentino, na época PRTB, em sua campanha a deputado estadual, claro que não foi apoiado pelo prefeito Vladimir Azevedo (PSDB), muito pelo contrário, o prefeito apoiou o seu vice-prefeito, Francisco Martins (PDT), colocando toda maquina municipal para trabalhar em favor dele. E, desde o primeiro momento, depois de eleito, sozinho, por suas próprias forças, Fabiano extrapolando sua função político parlamentar de reciprocidade com a cidade que o elegeu, politicamente passou para a base do prefeito. A resposta para quem é do meio político, todos já sabem, mas para quem não é, fica uma indagação: por quê?
Simples e elementar, meu caro Watson, como o prefeito é do PSDB, bem íntimo do deputado Domingos Sávio que por sua vez é “amiguinho” do senador e ex-governador Aécio Neves, e sempre será o eterno chefe do governador mineiro, Antônio Anastasia. Para o recém chegado à ALMG, Fabiano Tolentino, para ele ter verba parlamentar para sustentar o seu mandato, com direito a futuro em 2014, ele só tem uma opção, se aproximar de Vladimir Azevedo. Dizem que por pedido do próprio Anastasia.
A aproximação é oportuna, e, “cai como uma luva” para os dois lados. Tolentino precisa de verba para o seu mandato e Vladimir precisa ter a segurança que Tolentino não vai se assanhar em ser candidato a prefeito.
Vamos agora abrir um parêntese. Nas eleições de 2008, comparando 2012, no ano que antecedeu as eleições, ou seja 2007, que tem como correspondente o ano em que estamos, 2011. A oposição e os pretensos candidatos estavam todos desarticulados e desorganizados, como está atualmente a única coisa que existia de concreto eram os discursos inflamados na Câmara, do próprio Vladimir.
Até que os atuais opositores declarados, PT com Beto Cury, PMDB com Galileu, PV com Heloisa Cerri e agora PSB com Fernando Malta, iniciem uma negociação e aparem as devidas arestas, deixando os egos e super-egos de lado, e chegando em um consenso, o único pré-candidato com uma militância e um grupo político mais ou menos organizado e com um bom capital de votos capaz de derrotar o atual prefeito, chama-se Fabiano Tolentino. E, dizem que existe até pesquisa que aponta nesta direção.
O que prende Fabiano Tolentino de se lançar nesta empreitada, é que ele tem a consciência pesada de que deixou de fazer todo o dever de casa como vereador e no meio do caminho foi para a Assembléia Legislativa. Sorte de Vladimir Azevedo, pois se agora Tolentino estivesse ainda na Câmara, a vitória do agora deputado estadual, poderia ser liquida e certa em direção a Rua Pernambuco 60.
Aliás, um capitulo à parte para a sorte que não tem faltado para Vladimir, principalmente em sua eleição. Desde o famigerado dia 9 de abril de 2008 (operação pasárgada), que levou o ex-prefeito Demetrius Arantes à prisão, passando pela bola fora do presidente do PSC bancando a candidatura de Marcos Vinicius, e, inviabilizando o grupo político do Demetrius da disputa, continuando com a arrogância do “já ganhou” de Galileu Machado auxiliado pela apologia ao Ficha Limpa/Suja que a justiça apregoou pais afora. Finalizando com a sorte da ausência do “coitadinho titular” (Galileu Machado – ele seria o alvo) ao debate da TV Integração, Vladimir assumiu muito bem o papel de “coitadinho reserva”. E, durante o debate, em um ataque do então candidato Geraldinho Martins, Vladimir expressou isto literalmente, dizendo “Eles estão todos contra mim”. É como se tivesse dito: “Eles estão me batendo” (Torquato, Geraldinho e Marcos Vinicius). Como a população, até em eleições tem uma tendência meio BBB, bimpa! Vladimir venceu a eleição. Sorte à parte também para as verbas do governo federal que vieram do governo passado de Demetrius Arantes.
Mas, tcham, tcham, tcham, thcm! Existe outro lado, dado a fome de ocupar espaços e de cara se tornar um partido de primeira grandeza, os caciques do PSD, que são aliados do PT no nível nacional, podem pressionar Fabiano Tolentino, de verdade ou mentirinha, a viabilizar sua candidatura a prefeito. E, dependendo do nível de descontentamento dos eleitores com Vladimir Azevedo, eles podem relevar sua decisão de mais uma vez não finalizar o mandato, desta vez de deputado. É só tirar o escorpião do bolso e pagar uma pesquisa, e, eureka! Esta resolvido o problema, isto se Tolentino quiser ser candidato a prefeito.
Aí está o motivo porque Fabiano é tratado a “pão de ló” pelo prefeito. Este é um dos grandes “tutus”, um fantasma mesmo para Vladimir e seu grupo político. Então: “não vamos desagradar o deputado – O que ele quer? Faça e ponto final”. Mesmo que ele queira indicar o vice de Vladimir e disto ele não quer abrir mão. Está formada a confusão.
Na outra ponta, aí está 2º “tutu”, está quem foi (É passado mesmo, foi) o fiel escudeiro de Vladimir, que agora se tornou uma pedrinha no sapado do prefeito. Apresento-lhes: José Francisco Martins, Francisco Martins ou Chiquinho, que não é mais só do Sinvesd e sim do município, com vida política própria.
Francisco Martins, ele mesmo já declarou que não quer saber mais de eleições tão cedo. Falar e prometer para um político é uma coisa, fazer é outra. Chiquinho, auxiliado por Roberto Clementino, se empenhou e montou uma grande chapa do PDT com o objetivo de fazer o maior número possível de vereadores. E, no “seu” partido, se filiou o enigma político do momento, e também o 3º tutu de Vladimir, Rodrigo Resende, primo de Mayrink Junior, Rodrigo foi candidato a vice-prefeito em 2008 na chapa de Geraldinho Martins (DEM) que é irmão do deputado Jaiminho Martins.
É fato, e sabido por todos, que o estrategista, articulador e mentor político de Rodrigo Resende, chama-se Mayrink Junior. Rodrigo estava ou ainda está cotado para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que está, até hoje, depois da saída de Darcio Abud, sem secretário.
O secretário adjunto do Desenvolvimento, José Elisio, informou ao Divinews que estava aguardando a chegada dele na Secretaria e seria bom os dois trabalharem juntos.
Então este seria o “trampolim” para Rodrigo, já no governo, se tornar um potencial candidato a vice-prefeito de Vladimir Azevedo, indicado diretamente por Mayrink Junior e representando indiretamente o grupo político de Jaiminho Martins, já que a união de Mayrink com Jaime é umbilical. Esta situação selaria a união de Jaime (PR) com Domingos/Vladimir (PSDB).
Entretanto, a situação “agarrou em alguma coisa”, não se sabe de que lado. Por um lado, Rodrigo Resende na época da campanha, junto com Geraldinho Martins, “ripava” o também candidato Vladimir, mas isto seria coisa do passado. Rodrigo, agora, recentemente, no episódio da Copasa, foi para a Rádio Minas e criticou bastante a mudança de opinião de Vladimir Azevedo com relação ao tratamento do esgoto e outras discussões técnicas.
Vladimir, pode não ter ainda assimilado tais criticas. E, Rodrigo por sua vez também não se sentiu e sente à vontade para “pular” dentro do governo. Mas, isto são elucubrações (política é igual nuvem muda toda hora, depende dos interesses, isto talvez nem deva estar sendo levado em consideração).
Mas o que tudo isso tem a ver com a ida de Rodrigo Resende para o PDT. Aí é preciso abrir um grande parêntese para explicar timtim, por timtim. Começando explicado sobre a luta por espaços entre o deputado Fabiano Tolentino e Francisco Martins, que remonta as eleições de 2010, quando os dois “cruzaram os bigodes” nas urnas, Fabiano foi eleito sozinho, sem apoio de nenhum deputado. Na época, cumprindo compromisso político Vladimir apoiou seu vice, Francisco Martins. E, ainda colocou toda “maquina” a favor do seu candidato, mas ele não foi eleito e continuou vice-prefeito.
Atualmente, a situação é diferente entre Vladimir Azevedo e Fabiano Tolentino, um depende do outro. Fabiano precisa de Vladimir, por causa das emendas parlamentares que o governo estadual libera para os deputados enviarem para suas bases eleitorais. E, Vladimir precisa que Fabiano fique quietinho no seu cantinho e não se entusiasme em sair candidato a prefeito.
Entretanto, Tolentino não gostaria de abrir mão de indicar o candidato a vice-prefeito de Vladimir Azevedo. E, uma das indicações de seu arsenal de nomes é Dennis Fagundes, que junto com Fabiano Tolentino saiu do PRTB e agora foi para o PSD, já que o PRTB mudou de mãos foi parar nas mãos do senador Clésio Andrade,que foi vice-governador de Aécio Neves em seu primeiro mandato, mas depois se desentenderam e viraram inimigos políticos. E, se Jaime fecha com o PSDB pode ter problemas com o proprio PR e o PRTB.
Quem pensou que os “tutus” terminaram está muito enganado. O 4º tutu é o presidente da Câmara, Paulo César do PRB. Só para situar o PRB era o partido do ex-vice-presidente de Lula, Jose Alencar.
Paulo César, que também é do grupo de Jaime Martins, mas circula com desenvoltura no grupo de Vladimir/Domingos, segundo fontes seguras, tem a preferência do prefeito e do PSDB, como legitimo representante do grupo político de Jaiminho, se a parceria dos dois deputados for consolidada, e não Rodrigo Resende.
Mas, pode acontecer, e aí está o “tutu”, de que, se o vereador Paulo César for preterido em detrimento de Rodrigo Resende, como uma indicação de Jaiminho/Mayrink e agora Francisco Martins que passou a fazer parte deste grupo, ou do nome indicado por Fabiano Tolentino, Paulo pode virar oposição, se a situação não for muito bem negociada.
Será que tem mais “tutu” para o prefeito Vladimir Azevedo? È bem provável que sim…
