Com produção do músico e diretor artístico do estúdio e do selo cariocas Corredor 5, Clemente Magalhães, o quinto CD do grupo é o mais maduro e o que deu mais trabalho.
Trabalho árduo e prazeroso.
Na etapa de pré-produção, em Búzios, a jornada de trabalho ia, às vezes, para além de 12 horas diárias. Experiências com timbres, levadas, efeitos, formas e arranjos.
O resultado final, gravado em 15 dias no estúdio, de frente pra praia do Leblon, no Rio, apresenta o Manitu soando mais coeso.
A participação em cada etapa do processo fez com que o disco tivesse uma energia que não só rima com a alegria de tocar sob o comando de um produtor.
“Viajamos no tempo e trouxemos o melhor dos anos 70 e 80, com uma pegada moderna nos arranjos e timbres”, define o vocalista Alexandre Maia. “Sem medo de experimentar, fomos seguindo em frente, pois o que estávamos sentindo ao ouvir as canções era o clima, o barato, algo do bem. “, conclui, com o tom de quem está mais do que feliz com o resultado.
Com o mote “alegria acima de tudo” dominando o ambiente, Clemente comandou o grupo em experiências inéditas. O baterista Emerson tocou bateria eletrônica pela primeira vez na pré-produção. Fabão, que antes só havia tocado num baixo de cinco cordas, tirou “um grave e um groove inacreditáveis” de um Music Man de quatro cordas.
Alexandre gravou prestando atenção a cada sílaba, para soar, ao mesmo tempo, intenso e natural. E a guitarra foi gravada sem plug ins nem disfarces, soando crua, honesta e visceral. A participação de Alexandre (Cidade Negra) Prol, com sua Gibson, seus pedais e riffs simples e diretos, foi fundamental para arredondar o som de guitarra.
Além de Prol, o álbum conta com participações especiais de músicos acostumados a criar sotaques de sucesso. Entre eles, Fred Nascimento (Legião Urbana, Tantra), Marlon Sette (trombonista dos Paralamas), Vanderlei Silva (filho do lendário Robertinho Silva e percussionista de Fernanda Abreu) e o tecladista Léo Fernandes, que já tocou com Seu Jorge.
Tudo isso deu ao disco uma sonoridade contemporânea e uma pegada sintonizada com o que funciona melhor no cenário pop do país, com boas chances de ser ouvido em qualquer canto do mundo onde alguém queira ouvir um som com sol no DNA.
FAIXA A FAIXA
O disco começa com “Foi Você”, um mix de rock, reggae, baião e outras levadas que dá idéia da diversidade musical do Manitu.
Na seqüência, “Cheiro da Manhã” tem rock e reggae com boa pegada e tempero de slide guitar.
“Amigos” é seca, direta. Preparação para a música mais pop do disco, “Pista”, boa pra rádio… e pista.
“Indiferente” tem uma solução diferente: assovio substitui a guitarra e provoca, no ouvinte, simpatia imediata. E vontade se sair por aí, assoviando.
“Lembrar de Amar”, um hit de rádio do Manitu, estava, ainda inédita em disco. Agora, o fã clube pode comemorar. A versão do CD é mais suave e elaborada do que a versão mais conhecida.
Mais enxuta do que a concepção original, “Sonho” perde um solo que havia no início e ganha destaque no groove, baixo e bateria remetendo à dupla número um do reggae, Sly & Robbie.
O humor, realçado pelo Trompete que “comenta” a letra com deboche, é a marca de “De Tempos em Tempos”. “A Cada Olhar” ganhou os melhores arranjos do disco, com timbres redifinidos à exaustão na mixagem.
Com jeito de luau e romance, “Linda” é a equivalente, na obra do Manitu, ao clássico “Angie”, dos Stones, com violões na linha de frente. E uma gaita bônus no tempero.
O disco fecha com “Segredos Dela” e “Surreal”, que Daniel Couto faz questão de comentar: “foi a música que mais curti gravar as guitarras. Tem acordes simples, arpejos intensos, um solo inspiradíssimo em Pink Floyd e muitos, mas muitos harmônicos que confundem quem está ouvindo. É realmente pra se perguntarem: o que é isso?! Surreal!”
O disco é o Manitu em sua forma mais compacta, eficiente, inspirada. Música pra dançar, cantar junto, passear, namorar. Ouvir no Ipod, em qualquer ordem, fora da ordem. A ordem é uma só: diversão. Divirta-se!
NOSSO TEMA PRODUÇÕES
Assessoria de Imprensa
(31)3283.4539
[email protected]