Mineiros faltosos
Carlos Willian (PTC), de 115 seções, esteve presente em 67 e ausente em 48, com 41,7% de ausência
José Fernando Aparecido (PV), de 115 seções, esteve presente em 68 e ausente em 43, com 40,9% de ausência
Maria Lucia Cardoso (PMDB), de 115 seções, esteve presente em 72, ausente em 43, com 37,4% de ausência
Geraldo Tadeu (PPS), de 115 seções, presente em 73, ausente em 42 – 36,5% de ausência
Antonio Roberto (PV), de 115 seções, presente em 75, ausente em 40 – 34,8% de ausência
Vitor Penido (DEM), de 115, presente em 75, ausente em 40 – 34,8% de ausência
Deputada carioca, Marina Maggessi do PPS, diz ao Congresso em Foco que voto em plenário é caô leia a seguir:
“Voto em plenário é ‘caô’”
Até o fechamento desta edição, poucos deputados haviam respondido aos contatos da reportagem, feitos por e-mail e telefone. Uma das respostas dadas pessoalmente pelo próprio parlamentar veio da deputada Marina Maggessi (PPS-RJ). Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, além de membro de outros dois colegiados (Relações Exteriores e Meio Ambiente), Marina fez duras críticas ao processo de votações em sessão deliberativa – e disse que as atribuições de presidente de comissão temática lhe garantem a “prerrogativa” de não precisar ir ao plenário.
Marina disse que um recurso regimental muito usado por seu próprio partido contribui para seu descontentamento em relação às votações plenárias. “O meu partido vive em obstrução. Aquele plenário não me atrai. Não vejo nada de produtivo naquilo, é uma mentira aquele voto em plenário, estou falando isso de coração”, criticou a deputada, vertendo a carga contra o Executivo. “Até porque o governo ganha tudo com aquelas MPs [medidas provisórias].”
Segundo Marina, há por parte da imprensa, principalmente a oficial, excessivo enfoque nas movimentações de plenário. Em sua opinião, o trabalho das comissões, onde é apreciado e votado “o mérito” das proposições, é que deveria receber mais atenção dos profissionais da notícia.”
“Não gosto daquela coisa de TV Câmara ficar mostrando os discursos, de deputado subir à tribuna e dizer que é a favor disso, contra aquilo”. E completa: “Voto em plenário é ‘caô’, uma expressão que a gente usa muito no Rio”, disse Marina, carregando no sotaque carioca. Caô é uma gíria que designa algo falso, enganação. “O trabalho na comissão ninguém enxerga, ninguém divulga. E lá é que é feito um trabalho legal, é onde se julga o mérito dos projetos de lei.”