O pedido de vista conjunta do processo, é uma tentativa corporativista da Câmara de adiar a degola do nobilíssimo deputado mineiro. O melhor seria chamá-lo de rei das Minas Gerais, afinal não é qualquer simples mortal que tem um castelo
O relator chegou a óbvia conclusão que o deputado faltou com o decoro parlamentar, utilizando dinheiro da verba indenizatória para pagar serviços prestados por suas próprias empresas.
Toda população brasileira tem certeza, mas o relator ainda “acha” que há indícios suficientes para comprovar que esses serviços não foram prestados. Fontelles afirma que o Rei de Minas, Edmar Moreira, infringiu a Constituição Federal e o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara por “percepção de vantagens indevidas em proveito próprio”. Bravo !
O relator continua explicando uma série de obviedade sobre ética, legalidade, etc… O advogado do deputado, Sergio Rodrigues, disse que os atos praticados, na época não eram proibidos, restava somente a suspeita de que os serviços não teriam sido prestados.
O fato é que, os administradores públicos têm dificuldades em entender que existem muitas brechas na lei que permitem a realizações de determinadas ações, mas não convêm, eticamente, tornam-se arapucas diante do povo.
Para o relator, porém, pelo menos dez passagens do processo mostram que a prestação de serviços foi um artifício usado para transferir dinheiro da verba indenizatória para as suas empresas que atravessavam problemas financeiros. Ele disse que o próprio deputado afirmou, em depoimentos à Comissão de Sindicância que elaborou a representação ao Conselho, que passou a usar a verba em segurança para socorrer suas empresas.
Como dito anteriormente, filho de peixe, peixinho é. O relator, deputado Nazareno Fontele acusa o filho do deputado-rei de tê-lo ofendido quando foi lido o relatório pedindo a cassação de Edmar.
Nazareno Fonteles quer que a Assembléia Legislativa de Minas tome conhecimento do fato porque, segundo ele, esse fato também configura quebra de decoro parlamentar. E, que vai informar o episódio ao presidente da Assembléia Legislativa de Minas.