O TAC foi proposto pelo Ministério Público, atendendo uma solicitação dos próprios moradores que residem nas proximidades da Savassinha, tradicional ponto de encontro dos freqüentadores da festa, no período do dia.
O TAC propôs, entre outros pontos, a não interdição de ruas do centro da cidade, evitando a aglomeração de pessoas; a proibição de colocação de mesas, cadeiras ou similares em ruas, calçadas e praças públicas; a colocação de faixas educativas e informativas pela cidade, bem como indicando a proibição da festa em diversas regiões da cidade; bem como a realização de blitz, no sentido de coibir a embriaguez ao volante.
Rui Franca, morador da região central, ressalta que essa é uma situação controvertida. “A Festa não traz benefício para quem mora na região, só problemas. Não tenho como condenar essa atitude dos organizadores da Festa. Temos de concentrar a segurança em um só lugar. A questão da saúde pública também foi beneficiada. Houve, além disso, economia de gastos para manter tudo limpo”, ressalta o morador.
Já Delfina Gonçalves Coelho lembra que durante o período da festa, os moradores tinham de suportar o mau cheiro de urina e até as 22h, era obrigada a agüentar o barulho do som. “Não era possível nem conversar direito dentro de casa”, lembra a moradora.
Kleber de Sousa Machado lembra que a região da Savassinha não tem infra-estrutura para receber eventos desse porte e que há mais de seis anos, era obrigado a conviver com barulho e a baderna de muitos que não sabem aproveitar a festa com tranqüilidade.
Queda nas ocorrências
De acordo com a assessoria do 23º Batalhão de Polícia Militar, houve uma considerável redução dos índices de ocorrências registradas na região da Savassi, no comparativo do mesmo período da festa em relação ao ano de 2008, não sendo registrado ocorrências relativas a perturbação do sossego, ato obsceno, rixas, agressões e lesões corporais, o que evidencia um resultado satisfatório do ponto de vista da ordem e da tranqüilidade pública, com benefícios direto para toda comunidade.