A primeira tentativa concreta de se colocar um fim à greve dos alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem e Farmácia, do Campus Dona Lindu, da Universidade Federal de São João del-Rey aconteceu nesta segunda-feira (3), durante uma reunião promovida pela Comissão Especial designada pela Câmara Municipal para acompanhar o movimento e intermediar uma negociação.
A reunião aconteceu no Legislativo com a presença do diretor do Campus Dona Lindu, Eduardo Sérgio da Silva, além dos vereadores integrantes da Comissão e representantes da prefeitura e dos alunos em greve, além de cerca de 40 grevistas.
Durante o encontro, a direção do Campus Dona Lindu informou que já está tudo certo para a contratação de 109 novos professores, sendo que boa parte deles será contratada ainda este ano. Informou também que já foi feita a licitação para a construção do terceiro piso do prédio da Universidade Federal, cujo investimento será de R$ 480 mil. Outros R$ 700 mil serão disponibilizados para o aparelhamento dos laboratórios e mais R$ 2,5 milhões serão usados para construção de um segundo módulo. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, a universidade reconhece a legitimidade do movimento, mas considera que a atitude foi precipitada. Ainda de acordo com Eduardo Sérgio, diretor do Campus Dona Lindu, com a construção do terceiro piso, haverá como receber os 200 novos alunos previstos para o ano que vem, com a realização do vestibular no início de 2009. Ele acrescentou que as obras do terceiro piso, que vão garantir mais salas de aulas, começam antes do fim de 2008.
O vereador Juliano Soares Luís, o Juliano do Pio (sem partido) integrante da Comissão Especial que acompanha o caso, disse que ficou satisfeito com as informações dadas pela direção da universidade. “Acredito que eles estão conscientes de que a universidade poderá receber novos alunos e também com a solução dos problemas reivindicados pelos estudantes”, disse Juliano do Pio.
Os estudantes vão se reunir para decidir se retornam às aulas, porém, de acordo com um aluno, é bastante difícil a volta às aulas. Segundo ele, essas promessas já foram feitas anteriormente e nenhuma solução foi apresentada. O grande problema desta greve dos estudantes é a dificuldade por parte de informação dos próprios grevistas, que até hoje, uma semana depois de iniciado o movimento, não indicou um porta-voz para falar com a imprensa.
