Dieese prevê redução de contratações em 2009

Publicado por: suporte

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Sérgio Mendonça previu hoje (24) que o ritmo de contratações e a abertura de novos postos de trabalho não se manterá no próximo ano por causa da crise econômica mundial. Segundo ele, a previsão “mais ou menos” segura é de que a economia brasileira vai crescer menos em 2009, “com diversos efeitos que devem culminar em um crescimento de 3,5%”.

“Esse ano é possível que nós tenhamos dois milhões de novos empregos formais, pelos dados do Ministério do Trabalho, mas dificilmente nós vamos repetir isso. Como se tem anualmente um grupo grande de pessoas que entra no mercado de trabalho, pode ser que o desemprego se estabilize e não continue caindo ou tenha até um ligeiro crescimento na hipótese de um cenário de crescimento de 3,5%”, disse ao participar da palestra Crise Econômica e as Perspectivas para os Trabalhadores, organizada pela Força Sindical.

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O economista destacou os setores automobilístico, da construção civil e de exportação como os principais afetados pelo desemprego em função da crise mundial. “São setores que dependem do crédito e não vai haver ritmo [de empréstimos], até porque uma parte da população já comprou e está endividada por um período longo”, disse.

O professor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) Francisco Fonseca avaliou que em um primeiro momento da crise os trabalhadores sairão perdendo, porque há tendência de diminuição das contratações e aumento de demissões em todos os setores. “Toda vez em que há uma crise no capitalismo, o primeiro que paga essa conta é o trabalhador. Isso é histórico”, afirmou.

O presidente da Força Sindical no estado, Danilo Pereira da Silva, considerou que o momento é de diagnosticar o processo e fazer um trabalho articulado entre as centrais sindicais e levantar propostas para enfrentar a crise. “Mas não no sentido de que o trabalhador venha pagar mais uma vez e sim para que possa melhorar para que o emprego seja garantido e o país continue desenvolvendo como era a meta desse governo”, disse.

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