Experimento que recria Big Bang é acionado; assista

Publicado por: suporte

Um gigantesco acelerador de partículas, batizado de LHC (sigla em inglês de Large Hadron Collider – Grande Colisor de Hádrons), o maior e mais complexo instrumento científico já construído, poderá responder algumas questões fundamentais sobre o início do Universo.

 
 
No experimento desta quarta-feira, os engenheiros circularam partículas de prótons dentro de um túnel de 27 quilômetros de circunferência que abriga o LHC.
 
Após o sucesso dessa primeira parte, o próximo passo será projetar outras partículas na direção oposta para que possam colidir, recriando as condições que existiam no universo imediatamente após o Big Bang.
 
O aparelho, cujo custo é estimado em US$8 bilhões, foi projetado para atirar partículas de prótons umas contra as outras quase à velocidade da luz. A liberação maciça de energia causada pelo choque das partículas simularia as condições após a explosão que deu origem ao universo.
 
Em agosto, os engenheiros já haviam injetado raios de prótons de baixa intensidade no LHC, mas estes não completaram o percurso completo do túnel.
 
MASSA – Os cientistas esperam conseguir identificar o surgimento de partículas tal como aconteceu no início do universo, algumas das quais nunca foram observadas antes. “Vamos conseguir analisar a matéria mais profundamente do que jamais conseguimos”, disse Tara Shears, da Universidade de Liverpool, na Inglaterra. “Poderemos observar do que o universo se constituía bilionésimos de segundo depois do Big Bang”, afirmou.
 
‘O que é massa?’
 
O LHC poderá responder a uma simples questão: O que é massa?
 
“Sabemos que a resposta será encontrada no LHC”, disse Jim Virdee, físico do Imperial College de Londres.
 
O modelo mais aceito sobre a formação da massa envolve uma partícula chamada bóson de Higgs, também conhecida como "partícula Deus". Segundo a teoria, as partículas formam sua massa através de interações com o campo que acompanha a partícula Higgs.
 
PROJETO – O acelerador foi construído pela Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) em um laboratório subterrâneo na fronteira franco-suíça.
 
Desde a concepção até o acionamento do LHC nesta quarta-feira, foram 30 anos de pesquisas e vários obstáculos. O orçamento estourou várias vezes e o custo final ficou quatro vezes maior do que o previsto, por problemas de equipamento e construção do aparelho. O acionamento foi atrasado em dois anos.
 
Durante o inverno europeu, o LHC será fechado para que os engenheiros preparem o equipamento para reproduzir as colisões com energia total – e não de baixa intensidade, como nesta quarta.
 
“O que é tão empolgante é que não tivemos o lançamento de um equipamento tão grande durante anos”, disse Shears.
 
“Nossos experimentos são tão grandes, complexos e caros que não ocorrem com tanta freqüência. Mas quando acontecem, tiramos deles toda a física possível”, afirmou.

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