"Eleva-se novamente a auto-estima do brasileiro, a exemplo do que aconteceu nos anos dourados da era JK, mas ao contrário de 1958, o Brasil de hoje, apesar da crise mundial, tem uma inflação sob controle", disse Lula em solenidade comemorativa dos 50 anos da Bayer no Brasil. O ex-presidente JK governou o Brasil de 1956 a 1960, período em que o país cresceu mais de 7 por cento ao ano e se desenvolveu sob o mote da campanha dos 50 anos em 5. A inflação que girava em torno de 12 por cento nos primeiros anos de seu governo, chegou a 35 por cento em 1959 e fechou o período JK em 25,4 por cento.
Lula destacou que além de uma inflação menor, o país avançou em outros aspectos econômicos. "Somos credores internacionais e conquistamos o cobiçado grau de investimento", afirmou o presidente.
Ao lembrar que a unidade industrial que visitava fora inaugurada por JK, em 1958, Lula disse que aquele foi um ano especial para o Brasil, quando a seleção brasileira foi campeã do mundo pela primeira vez, o país passava por uma revolução arquitetônica, com a construção de Brasília, e surgia a bossa nova. "Ele próprio (JK) era considerado um presidente bossa nova. Dava o tom de otimismo que contagiava o Brasil inteiro", disse Lula.
"Quis o destino, e trabalhamos muito para isso, que 50 anos depois o Brasil esteja vivendo um outro momento de otimismo. Depois de décadas de estagnação econômica e forte concentração de renda, o Brasil cresce de forma acelerada, para todos, reduzindo desigualdades sociais e regionais históricas", acrescentou Lula.
O presidente encerrou seu discurso com uma referência a um antigo slogan da filial brasileira da empresa alemã para reforçar sua confiança na economia e no bom momento que o país atravessa. "Se é Brasil, é bom."