Parada Gay reúne cinco milhões de pessoas na Avenida Paulista

Publicado por: suporte

Além da quantidade de pessoas e do caráter político, já que a parada deste ano teve como lema a luta contra a homofobia, a manifestação na Avenida Paulista também chamou a atenção por atrair casais heterossexuais e pessoas em busca de paquera, música, diversão e até de um dinheiro extra no domingo.

Este foi o caso do camelô Odair José, que aproveitou o evento para tentar vender colares e bijuterias com as cores típicas do movimento gay. "Estou vendendo bem", disse ele, que começou a trabalhar hoje assim que a parada teve início, ao meio-dia. "Acho a Parada Gay uma beleza", declarou.
 
Quem também tentou vender alguma coisa hoje foi Wanderlei da Silva. "Estou trabalhando e tentando vender alguns óculos de sol", disse ele. Mas para Silva, o trabalho na parada deste ano não está valendo a pena. "Esse povo está devagar para gastar hoje", reclamou. "No ano passado foi melhor. Acredito que este ano eles vieram meio desprevenidos", disse ele, gesticulando com as mãos na tentativa de indicar que os manifestantes estariam sem dinheiro.
 
Quem aproveitou a festa para namorar foi o casal César Alves, administrador, e Leandro Fernando, enfermeiro. "A gente acha que é uma festa bem legal e aqui todo mundo se mistura. Todo mundo aqui se respeita", afirmou Alves.
 
Já a publicitária paulistana Rita Maria de Souza trouxe o marido e o filho para acompanhar, pela primeira vez, a Parada Gay. "É um evento onde devemos mostrar que não temos preconceitos. Temos que aceitar que hoje é uma situação cotidiana", afirmou.
 
Com sua filha portadora de deficiência física, a cabeleireira Luciana da Cunha Barros esteve na parada para "passear um pouco". "Por enquanto está ótimo. Se continuar assim tranqüilo, sem violência, vai ser ideal."
 
E como em todos os anos, a parada de São Paulo também atraiu pessoas fantasiadas. Vestida de "tigresa", a travesti Sandrinha, cujo nome de batismo é Cristiano Marinho, saiu do Rio de Janeiro para acompanhar a manifestação pela primeira vez. "A parada é tudo. Representa e respeita a gente."
 
Este ano, a Polícia Militar informou que não irá fazer um balanço sobre o número de participantes do evento. Até às 16h30, a PM ainda não havia registrado ocorrências graves.

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